sábado, 2 de janeiro de 2010

Não finja que não está vendo ou que não viu



Primeiro levaram os negros mas, não me importei com isso, pois, eu não era negro. Em seguida, levaram alguns operários mas, não me importei com isso, pois, eu também não era operário. Depois prenderam os miseráveis mas, não me importei com isso, porque eu não sou miserável. Depois agarraram uns desempregados mas, como tenho emprego, também não me importei. Agora levam-me mas, já é tarde. Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo.

Bertolt Brecht

Um dia vieram e levaram o meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte vieram e levaram o meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram o meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar.

Martin Niemöller - 1.933

Estas citações peguei no blog da Yoani, que já recomendei aqui. Quem sou eu pra ditar alguma regra ou ser dona da verdade.

Mas, elas são tão boas, que vale a pena pensar e refletir sobre. Pra quem já conhece, será um prazer revê-las e, pra quem não conhece, espero que tenha prazer em conhecê-las.

" Andando, andando. Pois quero ouvir cada grão da areia que vou pisando." Juan Ramón Jiménez

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Não existe mais nenhum lugar no mundo sem perigo

Estou me programando pra ir a Israel e ao Egito no final desse ano.

Como eu adoro viajar, sempre convido os amigos pra ir junto e desfrutar de toda a alegria e troca de conhecimentos que existe na jornada de qualquer viagem.

Não importa onde a gente vá, sempre vai trazer aprendizado e, imagino que deixe, também, um pouco pro povo visitado.

E a pergunta que sempre ouço é: "Você não tem medo? Israel, bombas, atentados..."

Eu não tenho medo de ir a lugar algum. De Israel à Coréia do Norte, do Afeganistão à África do Sul e, muito menos, Brasil.

Foi-se o tempo em que, no mundo, existiam "lugares perigosos".

Hoje, o mundo é perigoso! Viver é muito perigoso!

Estou falando sobre isso porque, ontem à noite, papeando com uma amiga em nossa reunião de Ano Novo, convidei:

- Vamo pra Israel no final do ano? e ela, no mesmo minuto,

- Tenho medo. Você não?

- Eu não! Medo de quê?

- E você vai de Israel pro Egito como?

- De ônibus.

- De ônibus? Mas não é muito perigoso?

- Claro que é! Tão perigoso quanto, pegar um ônibus numa cidade do Brasil, pra ir de um bairro a outro, pra ir até o Paraguai fazer compras, pra ir do Rio a Cabo Frio ou do sertão de Pernambuco pra capital.

E, agora pela manhã, sabendo do acidente em Ilha Grande-RJ, liguei pra ela e disse: "Vai pra Ilha Grande então... !"

Não tem graça alguma, não tava brincando com ela mas, é só pra demonstrar, que não existe mais nenhum lugar onde a gente fique totalmente tranquilo.

Viver é um perigo! Repito.

Morei no Iraque por quase 6 anos. Durante o tempo que estive lá, houve a guerra contra o Irã. Foi fácil? Não. Foi tranquilo? Claro que não! Mas vivemos e convivemos com o problema, continuamos nosso trabalho e continuamos a passear, comprar, viver. Se estávamos em Bagdá, por exemplo, evitávamos de ir a lugares nos quais a possibilidade de problema era maior.

Em Israel, no tempo que morei lá, ao lado de Gaza, sempre me senti segura. Nunca deixei de ir ou fazer o que quis. Nunca! Precisamos respeitar os conselhos dos nativos, sermos prudentes e contar com a ajuda da sorte ou da fé de cada um. Sempre disse e repito: em Israel a gente se sente sentado num barril de pólvora, mas a única tranquilidade é que somos os donos da caixa de fósforos. Nem sempre todos dão sorte. As muitas mortes e pessoas feridas são o exemplo disso, mas eu continuo positivamente pensando que sou a dona da caixa de fósforos. Até o dia que não for mais, lá, aqui ou não sei onde. E daí? Daí, que meu tempo aqui nesse planeta vai ter terminado, mas ninguém precisa se lamentar, dizendo que eu não vivi nem fiz o que queria. Fui, fiz e vivi tudo que quis e que me foi possível fazer. Caí fora na boa. Sem arrependimentos.

Eu sou, absurdamente, otimista. E isso sempre funcionou pra mim.

Quando tava no Sri-Lanka, quando saía do hotel pra passear, pela capital, ou mesmo quando aluguei carro pra viajar pelo país, fui questionada: "Você sabia que estamos em uma guerra civil? Temos problemas no país!" Sabia sim, mas com prudência fui e me diverti, conheci e voltei sã e salva.

Nunca saio pensando que não vou voltar. Vou e tenho certeza que vou ser feliz, levar felicidade e voltar cheia de histórias boas pra contar.

No 11 de setembro, eu tava em Paris. Me lembro que, no dia 12, sai pra fazer alguma coisa pelo centro da cidade, perto da Prefeitura de Paris ( alvo inevitável ) e tinha pouquíssima gente nas ruas. Muito policiamento, cães, armas. O medo dos franceses, como dos ingleses e de vários habitantes, de várias grandes cidades do mundo, era um novo ataque. Ninguém sabia o que poderia voltar a acontecer. A maioria ficou em suas casas. Não saí pra rua pra afrontar o destino. Mas, por exemplo, como as pessoas que estavam no World Trade Center poderiam ter se prevenido do que aconteceu com elas? Talvez eu acredite em destino. Nunca parei pra pensar sobre isso. Mas acho que, quando tem que acontecer, a chance de se livrar é pouca.










Conflitos no Nepal existem, há não sei quanto tempo. Já visitei o país 3 vezes. Nunca vi nada e nunca coincidiu de haver problemas enquanto estava lá.

Bombas e atentados já aconteceram na Inglaterra, Espanha, França, EUA, Jordânia, Turquia, lugares mais diversos possíveis, pelos quais já passei, por algumas vezes, e nunca aconteceu nada enquanto estava lá. Pé-quente? Sortuda? Pode ser.

Mas, antes de tudo, sou otimista e positiva. E prudente.

Quis passar otimismo e ousadia, sem medo, pra quem acompanha esse blog.

Espero ter conseguido!
" Observe tudo. Observe com exatidão. Observe a Humanidade, da China ao Peru." Oliver Goldsmith

Viajando sem pagar hospedagem. Até eu, que sou mais boba, quero!











Este site foi enviado por um leitor do blog e passo pra vocês com todo prazer.
Pra quem gosta de viajar e não tem muito grana, caso da maioria de nós...rsss.... essa é uma boa dica.
Troca de casas em torno do mundo.
Você pode ir de Istambul a NY, da Grécia a Ouro Preto. Tem gente pra caramba disposta a trocar de casa com você.
E tem também a troca de hospedagem. Alguém pode te hospedar. Então são dois caminhos: ou você fica sozinho em uma casa e empresta a sua casa pra outro, ou hospeda e/ou é hospedado.
Muito chic!
Entre no site e descubra como.
Boa sorte e boa viagem pra todos!

http://www.trocacasa.com.br/
"Atravessei o mar, conheci muitas terras." Jorge Luis Borges

MAIS OPÇÕES DE ESCOLHA

T odas as pulseiras custam 40,00 cada Com coral, marfim e contas do Nepal que eu amo Aqui tem prata e marfim e sândalo Aqui rolou moeda indi...