sábado, 26 de junho de 2010

Bloco começa com excluídos e acaba incluindo todo mundo



"Chega de demanda
Com esse time temos que ganhar
Somos a estação primeira
Salve o Morro da Mangueira"

Os versos de Cartola, do início do século 20, inspiraram os sambistas do Morro da Mangueira a transformar o Bloco dos Arengueiros em escola de samba. Arengueiros eram os compositores impedidos de desfilar nos outros blocos. O motivo? Desordem, como atesta Cartola ( na foto, sétimo da esquerda para a direita, em pé): " Fui expulso do Bloco de Tia Tomásia por querer namorar várias moças ao mesmo tempo. Passei para os Arengueiros. Lá valia tudo. Os outros blocos eram muito familiares. Quem não tivesse bom comportamento durava pouco."

O Bloco estreou em 1927 e, surpresa, logo ganhou prestígio. Decidiram transformá-lo em escola. Foi de Cartola a sugestão das cores verde e rosa - como na fachada do Rancho Arrepiados, onde passou os carnavais da infância.

Em 28 de abril de 1928, nasce o Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, fundado por Saturnino Gonçalves, Marcelinho José Claudino, Abelardo da Bolinha, Euclides Roberto dos Santos, Pedro Caim, Zé Espinguela e Cartola. Logo, reunia foliões dos blocos Arengueiros, tia Tomásia, tia Fé, Senhor Júlio, Mestre Candinho e Rancho Príncipe das Florestas.
Cartola: " A importância da Estação Primeira foi a de promover a união dos diversos blocos do morro. Passou a ser de todos. Antes, cada bloco tinha seu dono."


Hoje, dia de faxina aqui em casa, resolvi dar uma ajeitada numa estante de livros e achei um almanaque, que tinha guardado, pra contar pra você os causus e histórias que ele conta. Amo Almanaque. Pode ser o mais fuleiro. Adoro ler, ver as fotos.
Aproveitei, também, pra colocar em ordem, a fila de livros que tenho pra ler. Muitos. Difícil vai ser obedecer a ordem que eu mesma fiz. E quero começar a contar sobre os livros que li nos Caminhos por onde andei.

Começo repassando o caso do fôfo do Cartola e da sua Mangueira querida, em homenagem a minha mui querida e amada sobrinha, que morre pela verde e rosa.

Brasil - Almanaque de Cultura Popular, do Elifas Andreato, paixão desde a minha adolescência, quando descobri os seus desenhos maravilhosos.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Velório no Rio Grande

Em um início de noite, lá pelas bandas do Rio Grande, morre um garimpeiro, filho de família de pouquíssimas posses.
Começaram a chegar os amigos e curiosos e as perguntas não variavam. De que morrera, como fora sua morte, que idade tinha...
O rapaz estava sendo velado em um pequeno catre, colocado no meio de uma minúscula saleta, com chão de terra batida.
Já começava a escurecer. Foi acesa, na sala, uma lâmpada de, no máximo, 15 velas, uma verdadeira brasinha na esteira do teto.
Um dos presentes, que não tinha muita intimidade com os familiares do morto, levantou-se e, sorrateiramente, foi deslizando pela sala, chegando aonde pretendia, a cozinha. Lá, outra lâmpadazinha a iluminava e era melhor que a da sala, mesmo porque suas proporções eram mínimas. Notava-se que não havia nada para comer durante o velório. Em poucas palavras, borralho apagado.
O pretenso samaritano, receoso de passar a noite de velório sem nada para comer ou beber, chamou um companheiro, esse, amigo íntimo da casa, expondo-lhe a tragédia que se avizinhava.
O chegado da casa, desculpando-se por não ter condições para arcar com as despesas do "comes e bebes", teve então uma idéia: iriam todos ao dono da casa, para o alertarem e encontrarem uma solução.
Após quinze minutos de desculpas, o pai do falecido, aborrecido por não ter nada para oferecer, consentiu que o chapéu corresse.
Todos estavam cabisbaixos. Um deles aparece com o chapéu, solicitando um adjuntório. A cada hora, um era abordado.
Eis que, ao abordar um sujeito que se encontrava ao lado do defunto, foi logo dizendo:
- Amigo, nos dê uma ajuda para o velório.
Antes mesmo de receber a resposta, percebeu que se tratava do dono da casa e foi logo dizendo incontinente:
- O senhor não precisa colaborar, o senhor já entrou com o defunto.
Mais um causu tirado do livro "Causos e Causos", de Soter Antonio de Oliveira Pádua.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Concentrando pro jogo de amanhã e se distraindo enquantisso


E minha amiga liga pra mãe pra saber das novidades, inclusive da Copa. A mãe, que escuta pouco e usa aparelho, avisa que não tava aguentando mais a barulheira das "fufuvelas" e tirou o aparelho até segunda-ordem. Ri muito, porque não deu tempo nem de aprender o nome certo da corneta....rrsrsrs. Tirou o aparelho antes. Parte do diálogo:
- E aí, mãe? Tudo bem? Animada com a Copa?
- Deus me livre se o Brasil ganha! Só de ganhar um jogo, já não aguento mais o barulho. Ninguém aguenta essas "fufuvelas".
- Mas, mesmo assim tá torcendo muito?
- Tossindo? Eu? Tô não!
- Deixa pra lá, chame o papai. Beijo.
Mas, antes de passar o telefone pro pai, saiu com essa.
- Sabe por que o Kaká só tá rendendo 90%?
- Não, por que?
- Porque os outros 10% ele dá pro pastor.

Curiosidades

- Para ir aos dois estádios de Joburg, você deve cruzar uma ponte que dá vista pro centro da cidade e, bem no meio, tem um prédio alto, completamente "envelopado" de Nike e com uma foto enorme do Cristiano Ronaldo.
O detalhe: dependendo da vista aérea que as câmeras pegam do Soccer City Stadium, vê-se o prédio. Vale a observação final : pra que não fosse caracterizado como emboscada, a Nike já havia "comprado" o prédio há mais de um ano.

O pobre do Zakumi, mascote da Copa do Mundo, realmente virou um zero à esquerda, por conta da vuvuzela. Vi a Fátima Bernardes dizendo que perguntou aos filhos se queriam que ela comprasse um Zakumi. E os meninos: quem???

A Adidas Jabulani, é a bola oficial de 2010 da África do Sul. Jabulani significa "trazendo alegria pra todos", em IsiZulu.
Criança na Copa.

Clara, achando que os jogadores estavam muito lentos, correndo pouco:
- Solta uma onça aí que eu quero ver se eles não correm.

- Eu vou torcer SÓ pro Luis Fabiano ganhar.
Pedro, que ainda não entendeu o que é um jogo coletivo.

E a melhor de todas.
- Ué, ele fez gol e foi despedido?
Manu, indignada com Elano sentado no banco após ter feito um gol.

Essas crianças são filhas da Ana, dona do blog "Eu com os 4", blog que eu persigo.

MAIS OPÇÕES DE ESCOLHA

T odas as pulseiras custam 40,00 cada Com coral, marfim e contas do Nepal que eu amo Aqui tem prata e marfim e sândalo Aqui rolou moeda indi...